domingo, 22 de dezembro de 2013

O Bolo Rei...



Ao que se sabe, o Bolo Rei remonta ao tempo dos romanos...Durante os banquetes festivos, este tinham por hábito eleger o rei da festa. Este processo era feito tirando à sorte com favas, daí ser designado como o Rei da Fava. 
A Igreja Católica aproveitou o facto deste jogo ser característico do mês de Dezembro e decidiu relacioná-lo com a Natividade (com os dias 25 de Dezembro e 6 de Janeiro). Dada a influência da Igreja, esta determinou que a data de 6 de Janeiro fosse designada por Dia de Reis e simbolizada por uma fava introduzida num bolo, cuja receita se desconhece actualmente.
O bolo rei actual surgiu na corte de Luís XIV, em França, para as festas do Ano Novo e do Dia de Reis. Vários escritores da época escreveu sobre esta iguaria, assim como o pintor Greuze a celebrou num famoso quadro com o nome Gâteau dês Róis.
Em 1789, com a Revolução Francesa, o bolo rei foi proibido, mas os pasteleiros que não quiseram perder o negócio continuaram a fazê-lo e alteraram o nome para Gâteau dês Sans-cullotes.
Foi popularizado em Portugal no século passado e segue uma receita originária do sul de Loire: um bolo em forma de coroa com massa lêveda... A primeira casa que se vendeu bolo rei em Portugal foi a Confeitaria Nacional de Lisboa em 1870. Foi o confeiteiro Gregório que o confeccionou nesta altura, baseando-se numa receita que Baltazar Castanheiro Junior Teixeira trouxe de París. Aos poucos, outras confeitarias da cidade começaram a produzir bolo rei, originando diferentes versões. No porto, este foi introduzido em 1890, pela Confeitaria de Cascais, segundo uma receita que o proprietário Francisco Júlio de Cascais tinha trazido de París.
Com a proclamação da República, em 5 de Outubro de 1910, o bolo rei ficou em risco por causa de conter a palavra "rei". Seguindo a lógica, deixando de existir este símbolo, também o bolo teria que deixar de existir...
Os confeiteiros, sabendo separar negócios de política, continuaram a fabricar o bolo dando-lhe o nome de ex-bolo rei, sendo que a maioria lhe chamou bolo Natal ou bolo de Ano Novo. Descontentes com estas designações, alguns republicanos passaram a chamar bolo Presidente ou Bolo Arriaga!

Deste modo, o bolo Rei é uma tradição entre o Natal e o dia de Reis e o seu nome alude aos 3 Reis Magos.
De forma redonda, com grande buraco no centro, é feito de uma massa branca e fofa misturada com passas, frutos secos e frutas cristalizadas...Tradicionalmente no interior do bolo encontrava-se a fava e o brinde. A fava dava a quem a recebesse o direito de pagar o próximo bolo rei; o brinde dava sorte a quem o encontrasse.

RECEITA DE BOLO REI

500g de farinha sem fermento
30g de fermento de padeiro
2dl de leite morno
120g de manteiga
1 colher de café de sal

70g de açúcar
raspa de uma laranja
raspa de um limão
3 ovos
2dl de rum
2 chávenas de frutos secos (nozes, pinhões, amêndoas, amendoins) picados grosseiramente
1 1/2 de fruta cristalizada picada
1 chávena de sultanas

Cobertura: fruta cristalizada, frutos secos, açúcar granulado

Peneire a farinha para dentro de uma tigela e faça uma cova no meio. Coloque nessa cova o fermento esfarelado. Dissolva-o com o leite morno e ao mesmo tempo, misture-o com a farinha existente nas bordas. Tape a tigela com um pano e deixe a massa levedar num local quente.
Derreta a manteiga, misture-a com o sal, o açúcar e as raspas de da laranja e do limão. Junte este preparado à massa com o fermento. Misture os ovos com o cálice de Rum e adicione também à massa. Comece por amassar este todo, juntamente com a farinha com uma colher de pau. Logo de seguida, amasse o preparado com as mãos, até que esta fique lisa e suave, desprendendo-se das paredes da tigela. Tape de novo a massa com um pano e deixe levedar até duplicar o volume.
Coloque a massa numa mesa de trabalho polvilhada com farinha e amasse-a de novo com as mãos adicionando as nozes, as amêndoas os pinhões, os amendoins, as frutas cristalizadas picadas e as sultanas. Divida a massa em duas metades, cada uma com cerca de 50cm de comprimento e enrole-as. Una os dois rolos de massa dando-lhes a forma de coroa.
Unte um tabuleiro e coloque nele os bolos. Bata as gemas com umas gotas de água e pincele as duas coroas. Decore com os frutos secos, as frutas cristalizadas e o açucar. Leve a cozer em forno pré-aquecido a 200°C durante cerca de 25/30 minutos.

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 Peneirar a farinha para uma tigela e fazer uma cova no meio.Desfazer o fermento de padeiro no leite morno. Colocar esta mistura junto à farinha e misturar bem até fazer uma bola. Tapar a tigela com um pano e deixar levedar. num local quente. 
Derreter a manteiga, misturar com sal, açúcar e as raspas. Juntar este preparado à massa anterior. Misturar os ovos com o cálice de rum e adicione à massa. Amassar inicialmente com a colher de pau e depois com a mão, até a massa desprender das paredes da taça. Tapar de novo e deixar levedar até duplicar o volume. 
Colocar a massa na bancada polvilhada com farinha e amasse de novo com as mãos, adicionando os frutos secos, as passas e a fruta cristalizada. Divida a massa em duas metades e enrole-as. Una os dois rolos de massa dando-lhe a forma de coroa. Untar formas e colocar os bolos. Decorar com frutos secos e cristalizados e os montinhos de açúcar. 
Levar ao forno a 170ºC durante 20 minutos.  Retirar do forno e pincelar com calda de açúcar.

500g de farinha tipo 55

- 30g de fermento de padeiro

- 2 dl de leite morno

- 120g de manteiga

- 1 colher de café de sal

- 70g de açucar
- raspa de uma laranja
- raspa de um limão
- 3 ovos
- 2cl de rum
- 2 chávena de nozes, pinhões, amêndoas e amendoins picados grosseiramente
- 1 1/2 chávena de frutas cristalizadas picadas
- 1 chávena de sultanas/passas de uvas

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500g de farinha tipo 55

- 30g de fermento de padeiro

- 2 dl de leite morno

- 120g de manteiga

- 1 colher de café de sal

- 70g de açucar
- raspa de uma laranja
- raspa de um limão
- 3 ovos
- 2cl de rum
- 2 chávena de nozes, pinhões, amêndoas e amendoins picados grosseiramente
- 1 1/2 chávena de frutas cristalizadas picadas
- 1 chávena de sultanas/passas de uvas

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A Mesa de Natal pelo Nosso Portugal...




Natal é época de mesa cheia e família reunida...cheira a açúcar e canela, lareira, o vinho na mesa e a comida posta. O natal é sinónimo de grandes refeições e tradições especiais...Afinal quem consegue resistir a estas iguarias fantásticas que se fazem no Natal?
Em Portugal, o bacalhau é o Rei da tradição, especialmente cozido com batatas e couves (Bacalhau com Todos).
A Norte do país denominam este bacalhau de Bacalhau da Consoada, mas também o podem consumir em Bolinhos de Bacalhau. Também se come Polvo e Fricassé de Aves, juntamente com o bacalhau na ceia de Natal.
No Alentejo, para além do bacalhau, come-se o lombinho de porco frito.
No Ribatejo, o Perú partilha a atenção com o bacalhau.
Na Ilha da Madeira, a ceia consiste em carne em vinha d'alhos, marinada no próprio condimento.
A doçaria natalícia é a que mais nos faz suspirar...de norte a sul persistem os fritos e muito doces, frequentemente polvilhados com açúcar e canela.
O Bolo Rei é um dos doces mais consumidos nesta época natalícia. Existe ainda uma grande variedade de doces natalícios consumidos pelos portugueses: azevias, empanadilhas,  nógados, rabanadas, lampreia de ovos, sonhos, arroz doce,aletria, leite creme, farófias, felhozes, broas castelares,tronco de natal...
Nos Madeira serve-se o bolo de mel e o bolo de família. Na Madeira come-se o Bolo de Natal acompanhado por licor de tangerina caseiro.

RECEITA DE LEITE CREME

1 L Leite
8 gemas
250g de açúcar
2 C.sopa de maizena
1 Casca de limão
1 pau de canela

Leva-se ao lume a ferver o leite com a casca de limão e o pau de canela.  
Entretanto, misture com as varas o açúcar com a farinha maizena e vá adicionando as gemas, mexendo com as varas até obter um creme esbranquiçado. 
Logo que o leite ferva, coloque-o em lume baixo, e com o auxílio de uma concha, deite aos poucos uma pequena quantidade de leite fervido sem nunca parar de mexer, para que as gemas não talhem. Colocar esta mistura no restante leite fervido que se encontra ao lume e colocar em lume brando, mexendo sem parar até ferver e ficar com consistência cremosa. Retirar imediatamente do lume e colocar em pequenas taças. Deixar arrefecer, no frigorífico.
Polvilhar com um pouco de açúcar granulado e queimar com um maçarico de cozinha ou um ferro quente de queimar.

RECEITA DE SONHOS DE LARANJA
2,5 dl de água
50g de manteiga
150g de farinha
sumo de 4 laranjas
5 ovos
250g de açúcar
Sal, óleo
Levar ao lume a água temperada com sal e a manteiga. Quando ferver, juntar a farinha de uma só vez, mexendo rapidamente com uma colher de pau e até formar uma bola. Retirar e deixar arrefecer. Acrescentar o sumo de uma laranja, amassar bem e juntar os ovos um a um. Ligar tudo muito bem. 
Fritar colheradas desta massa em óleo bem quente. Pode passar por açúcar e canela, ou colocar calda de açúcar por cima.
Calda
à parte, ferver o açúcar com o restante sumo e água em quantidade suficiente para fazer meio litro.Deixar ferver 5 minutos e está pronto a servir com estes sonhos.

ARROZ DOCE TRADICIONAL
1 1/2 de água
75g de manteiga
8 colheres de sopa de açúcar
1l de leite quente
6 gemas
Casca de limão
Pau de canela
Sal a gosto
Canela em pó a gosto
1 1/2 chávena de arroz

Levar ao fogão a água numa panela com a manteiga, o pau de canela, o sal e a casca de limão.Quando o a água ferver, colocar o arroz em lume brando, e mexer para que não agarre ao fundo da panela. Quando a água tiver evaporado, em princípio o arroz está cozido. Adicione o leite já aquecido previamente e mexa até estar incorporado, deixando ferver até o arroz estar completamente cozido. Coloque o açúcar e mexa com frequência até ficar cremoso. Retire do lume. Coloque as gemas numa cuba e mexa com as varas. Adicione um pouco do arroz quente nas gemas e mexa rapidamente. Junte este preparado às restantes gemas e mexa com a colher de pau para engrossar.
Retire o pau de canela e as cascas de limão e coloque numa taça grande ou em pequenas tacinhas. Polvilhe, ou faça uma decoração com canela em pó.
Serve-se frio...

RABANADAS COM MEL E CANELA
4 fatias de pão tipo caseiro
100ml de leite
1 ovo
mel e canela q.b.
1 pau de canela e 1 casca de limão
óleo para fritar
Coloque o leite num tacho com a casca de limão e o pau de canela e leve ao lume, no mínimo até aquecer, para fazer infusão. Retire do lume e deixe arrefecer por completo. Retire o limão e a canela e coloque o leite num prato,  o ovo batido noutro prato. Passe o pão por leite e coloque a absorver num papel ou pano absorvente durante alguns minutos. Coloque o óleo a aquecer. Entretanto, passe o pão por ovo e quando o óleo estiver bem quente, frite dos dois lados. Ponha a escorrer em papel absorvente.Antes de servir, regue as rabanadas com mel e polvilhe com canela.

TRONCO DE NATAL
6 ovos
160g de açúcar 
70g de farinha
1 colher de chá de fermento em pó
Manteiga q.b.

Separar as gemas das claras. Bater as gemas com o açúcar até obter um creme fofo. Juntar a farinha ao fermento e peneirar. Bater as claras em castelo. Envolver as claras e a farinha peneirada ao preparado anterior. Forrar um tabuleiro com papel vegetal untado com manteiga. Verter o preparado e levar ao lume a cozer em forno médio (150ºC cerca de 25, 30 minutos). 
Polvilhar uma folha de papel vegetal com açucar baunilhado para desenformar a torta.
Entretanto, preparar o recheio e a cobertura.Levar ao lume o leite condensado com o chocolate em pó e a manteiga. Mexer sempre até engrossar e obter uma consistência para barrar.
Desenformar a torta em quente e rechear com o recheio de brigadeiro. Enrolar a torta a quente e deixar arrefecer. 
Retirar o papel vegetal e cobrir com o restante brigadeiro.Cortar as pontas e colocar de lado, de modo a fazer o tronco. Fazer umas riscas com o garfo (para fazer os efeitos do tronco) e decorar com cerejas em calda, côco ralado ou lascas de chocolate.